terça-feira, 30 de novembro de 2010

Não tenho pressa: não a têm o sol e a lua

Não tenho pressa: não a têm o sol e a lua.
Ninguém anda mais depressa do que as pernas que tem.
Se onde quero estar é longe, não estou lá num momento. 



Sim: existo dentro do meu corpo.
Não trago o sol nem a lua na algibeira.
Não quero conquistar mundos porque dormi mal,
Nem almoçar o mundo por causa do estômago.
Indiferente?
Não: filho da terra, que se der um salto, está em falso,
Um momento no ar que não é para nós,
E só contente quando os pés lhe batem outra vez na terra,
Traz! na realidade que não falta!

Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passe adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salte por cima da sombra.

Não; não tenho pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega
Nem um centímetro mais longe.
Toco só aonde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E somos vadios do nosso corpo.
E estamos sempre fora dele porque estamos aqui.
In Fragmentos de Alberto Caeiro

Fica aqui a minha homenagem!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

??!!


Estava eu a preparar o meu post seguinte, aliás já está terminado, quando recebi o comentário a um dos meus últimos posts e decidi adiar por uns dias a colocação online do que estava a escrever, por questões de má interpretação do que escrevi.
Chega de mal entendidos e palavras meias ditas, portanto aqui vai disto.
Perdoem-me aqueles que são mais sensíveis, não pretendo ofender ninguém, mas já chega de ser mal interpretada!

Chega de tentarem perceber ou entender o que quer que seja que coloco neste blog, o blog é meu precisamente para que possa escrever o que me apetecer, acredito que na maioria das vezes seja dificil de perceber o que aqui escrevo ou que entendam mal as minhas palavras. A minha vida gira à volta de muita coisa, não de algo ou alguém especifico. Pois quando quero dedicar algo a alguém específico, eu escrevo os nomes.
Existem várias coisas que me inspiram a escrever, os meus sentimentos, os sentimentos dos outros, a minha vida, os meus amigos e por aí fora, nesta fase o que escrevo vem dos sentimentos que tenho e apesar de já não escrever directamente para alguém há algum tempo, hoje vou fazê-lo, porque é necessário, pelo menos para mim.

Houve muita coisa que aconteceu este ano de que não gostei, houve muita gente que me magoou, fiquei triste e desapontada (sou palerma eu), já devia estar à espera, mas o que é facto é que isso aconteceu, sempre que escrevi e tudo que escrevi não foi para ninguém específico ler, não é aliás para ninguém especificamente ler, são sentimentos, sensações, alegrias, tristezas, dias bons, dias menos bons, dias de chuva e dias de sol...

Já deixei o ressentimento para trás, já perdoei quem tinha de perdoar, já fiz a minha parte para poder seguir em frente.
Também já aqui falei de amizades, a visão da amizade para mim mudou desde Maio deste ano, ela mostrou-se para mim de várias formas, todas elas importantes e todas elas para mostrar-me efectivamente o que é ser-se amigo.
 
Tinha pessoas tão minhas amigas, que não me tinha apercebido disso, penso que no fundo sempre soube que o eram, mas esta fase veio mostrar-me efectivamente isso, preferiram afastar-se de mim a ter de dizer algo que me iria magoar imenso, mesmo sabendo de coisas que eu deveria ter sabido na altura em que aconteceram, mas não quiseram dizer, a protecção a mim era tanta que tudo fizeram para que não sofresse, para elas todas obrigada por me terem tratado dessa forma, especialmente para ti Patrícia, que vieste mostrar-me que a nossa amizade nunca terminou, depois de ter feito alguns maus juízos, tal como já te disse, felizmente que as coisas voltaram ao normal, a nossa amizade retomou do mesmo ponto onde tinha ficado e isso é óptimo, significa que a nossa amizade é algo que vai permanecer sempre!!!
 
Eu tinha (pelo menos pensava que tinha) amigas, daquelas que se vai até ao fim do mundo para ajudar e que por quem se faz tudo, mas acabei por descobrir que outros valores se sobrepunham a essa suposta amizade e que por consequência de actos que não foram meus, terminou.
Esta parte é dirigida para a Paula Pires e Carolina Lopes, pois mostraram-me que apesar de tudo fazermos e de tudo tentarmos fazer para que as pessoas possam ser felizes, pelos vistos não chega, queriam ainda mais, pois é, mas esse mais que vocês queriam, eu não podia, nem posso dar, ainda bem que continuam a ler o meu blog, espero que retirem daqui alguma aprendizagem.
Era para retirar o comentário a um post anterior, pois só coloco online os comentários que quero colocar e partilhar, mas para que este post fizesse algum sentido decidi deixá-lo ficar. Não percebi o porquê de agora se terem lembrado de fazer um comentário a algo que escrevo. Não dei os parabéns à Paula por um motivo muito simples, só se dá os parabéns a quem nos diz alguma coisa e, neste momento, a Paula já não me diz nada, não me arrependo de nada do que fiz e se voltasse atrás, muito provavelmente voltaria a fazer tudo de novo, não percebi porque razão decidiram dar os parabéns à Paula através do meu blog, se eu tivesse querido dar-lhe os parabéns, teria dado. Até porque dei os parabéns à Carolina, quando fez anos em Maio, mas como me foi transmitido que não poderia entrar em contacto com ninguém e que não poderiam falar comigo, eu enviei uma simples sms que dizia simplesmente parabéns! Não me recordo de ter visto nenhuma sms vossa a dar-me os parabéns...terá sido porquê????? Não vou entrar por aí, porque não vale a pena e até já estou a perder demasiado tempo com isto.
Estão perdoadas as duas, sejam felizes, tenham uma vida muito feliz, a sério, de coração! Sigam a vossa vida, que eu estou a seguir a minha, não tenho qualquer tipo de ressentimentos, amarguras, tristezas, já tive, mas neste momento, não tenho! Cada um faz o que pode, com aquilo que tem!!! E vocês fizeram o que podiam, com aquilo que tinham e têm.
"The end is not the end, Is the beginning.
Happy brithday Paula your always friend..." - não sei sequer o que me apetece dizer mais acerca deste comentário, até porque a primeira frase faz algum sentido, o final de alguma coisa normalmente é o início de outra, por isso não podemos dizer que é o fim definitivo, nem a morte é o final, portanto, pensemos desta forma. Em relação à segunda frase, não faz muito sentido, o inglês é demasiado macarrónico para conseguir perceber a mensagem toda, não tem pontuação sequer, portanto, se o quiserem depois explicar estão completamente à vontade. Não se deita pela janela uma amizade de cinco anos, só porque sim, não se esquece tudo o que nesses cinco anos aconteceu do dia para a noite. Por muito difícil que seja a situação, não há nada ou não deve haver nada que bloqueie a amizade existente entre duas pessoas desta forma. Não fui eu que escolhi o caminho que levou a essa separação e consequente afastamento, eu limitei-me a seguir o meu caminho após ter sido afastada. Não me importo nada :) e sabem porquê??? :D Porque consegui desta forma encontrar o meu caminho e trazer ao meu lado quem quer caminhar comigo!!

Resta-me agradecer (já que hoje decidi dedicar este post a várias pessoas, isto já parece um discurso dos Oscars eheheheh):
- Patrícia Ranito, já aqui falei de ti, mas não custa repetir, és AQUELA AMIGA, sempre, o teu lugarzinho cá está no meu coração;
 - Vítor Verdelho, sócio e amigo do coração, tás aqui bem dentro do meu peito, terás sempre um lugarzinho aqui para ti;
- Jorge Marques, por ser amigo do coração e dar-me alegria com as suas gargalhadas, tens sempre um lugarzinho para ti dentro do meu coração;
No fim, porque não é o fim:
- Rui Coelho e Ana Coelho, as minhas luzes, vocês conseguiram mostrar-me que as pessoas podem mudar, que é possível recuperar parte do tempo perdido e essencialmente que é possível recuperar o sorriso LUV U!!
Há algumas pessoas que não vou mencionar os nomes, mas todos eles sabem quem são!! Não o posso fazer devido à sua privacidade.

Os que mencionei, sei que não haverá qualquer problema em tê-lo feito.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Misread!



Ora bem a trabalhar para terminar algo que já devia estar pronto e mais que pronto, mas não consigo fazer as coisas pela metade e então parece que nunca mais acabo isto :) mas quando acabar vai ficar fabuloso, mas mesmo assim decidi partilhar esta música e letra que acho fantástica :) pois está a servir-me de banda sonora neste momento, até acho que já exagerei, estou a ouvi-la em loop há bastante tempo.














If you wanna be my friend
You want us to get along
Please do not expect me to
Wrap it up and keep it there
The observation I am doing could
Easily be understood
As cynical demeanour
But one of us misread...
And what do you know
It happened again


A friend is not a means
You utilize to get somewhere
Somehow I didn't notice
friendship is an end
What do you know
It happened again


How come no-one told me
All throughout history
The loneliest people
Were the ones who always spoke the truth
The ones who made a difference
By withstanding the indifference
I guess it's up to me now
Should I take that risk or just smile?


What do you know
It happened again
What do you know

"Kings Of Convenience - Misread"

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Vida depois da Vida!

Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes no seu cortejo fúnebre, em Paris. Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação, o genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte.


Um deles fala exactamente do homem e da imortalidade e traduz-se mais ou menos nas seguintes palavras: 
















A morte não é o fim de tudo.
Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra.
Na morte o homem acaba, e a alma começa.
Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto.
Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?
Eu sou uma alma.
Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser.
O que constitui o meu eu, irá além.
O homem é um prisioneiro.
O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.
Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz. Assim é o homem.
O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade.
Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
Por que não possuirá ele um corpo subtil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro?
A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo.
É por demais pesado para esta Terra.
O mundo luminoso é o mundo invisível.
O mundo do luminoso é o que não vemos.
Os nossos olhos carnais só vêem a noite.
A morte é uma mudança de vestimenta.
A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.
Na morte o homem fica sendo imortal.
A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a Terra, pelo peso que faz nela.
A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no infinito.
Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem.
Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Meet Me On The Equinox!
























Meet me on the Equinox
Meet me half way
When the sun is perched at it's highest peek
In the middle of the day

Let me give my love to you
Let me take your hand
As we walk in the dimming light
Oh darling understand

That everything, everything ends
That everything, everything ends

Meet me on your best behavior
Meet me at your worst
For there will be no stone unturned
Or bubble left to burst

Let me lay beside you, Darling
Let me be your man
And let our bodies intertwine
But always understand

That everything, everything ends
That everything, everything ends
That everything, everything, everything ends

A window
An opened tomb
The sun crawls
Across your bedroom
A halo
A waiting room
Your last breaths
Moving through you

As everything, everything ends
As everything, everything ends
As everything, everything, everything
Everything, everything, everything ends

Meet me on the Equinox
Meet me half way
When the sun is perched at it's highest peek
In the middle of the day

Let me give my love to you
Let me take your hand
As we walk in the dimming light
Oh darling understand

That everything, everything ends

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Razão de Viver?!

Com esta banda sonora, vamos ver o que escreve o meu coração.
A felicidade é algo que nos preenche o coração e também a alma. Aquilo que o coração sente, nem sempre é reconhecido pela mente.
O amor que temos por alguém pode ser oferecido de várias formas, formas essas que por vezes não são sequer reconhecidas!
Mas o importante é o que está dentro do nosso coração, o famoso amor incondicional (de que não me canso de falar) é isso mesmo, conseguir amar alguém sempre e para sempre, sem a necessidade de uma vida em conjunto, de partilha de vida, por vezes o destino assim o deseja, respeitemos o que ele nos reserva e aguardemos, porque as surpresas aparecem de qualquer lado e em qualquer altura. Amor Incondicional é amar alguém sem esperar nada em troca. Não é fácil, mas o amor não vai embora, não se modifica por isso. Como humanos que somos, crescemos rodeados de contos de fadas e do "viveram felizes para sempre" e nem sempre isso acontece ou é possível, mas obriga-nos a desistir do amor? Não! Claro que não, o amor que temos para dar é nosso e doamos a quem quisermos e como quisermos. Quando conseguimos conciliar as duas coisas, é fantástico, é a sensação mais maravilhosa do mundo! Partilhar a nossa vida com alguém que amamos e que nos ama na mesma proporção. Mas, quando isso não é possível, amemos na mesma, demos o nosso amor! Nunca desistam do amor, porque ele nunca desiste de nós!
Sejamos felizes com o sentimento de amor que temos dentro de nós! Amem de verdade e com verdade e pode ser que um dia o Universo vos traga aquilo que trouxe para mim, o poder partilhar a vida com alguém que me ama...não sei se na mesma proporção, mas isso não importa, o que importa é o que o amor nos dá todos os dias a toda a hora!