Assim como quem não quer nada, chegas de mansinho e sussuras-me ao ouvido, deixas-me num estado de transe onde não há tempo, nem espaço, nem pessoas. Onde só existimos os dois, onde não há preconceito, não há julgamentos, para que o Amor possa ser vivido e sentido na sua forma mais pura, verdadeira e generosa, tal como sempre devia ser.
És tu quem me tira do sério, que me leva a voar sem ter asas e que me faz sentir plena.
O Amor faz-nos fazer e dizer coisas que podem ser consideradas parvas, mas o que é o Amor senão esse sentimento que nos preenche e leva além fronteiras de tempo e espaço e nos faz viajar sem sair do sítio? Ou melhor, o corpo permanece no mesmo sítio, mas a alma voa.
És tu, aquele, que ainda me hoje me corta a respiração, que faz o meu coração pulsar mais forte no meu peito, que me faz sorrir por dentro sempre que falas bem junto ao meu ouvido, quando sussuras o meu nome, fazes com que salte e pule de alegria e felicidade.
A visão de ti é algo permanente, ainda que não estejas à minha frente, estás sempre comigo, bem como eu estou sempre contigo. Por isso nunca tenho a sensação de abandono, porque mesmo à distância, estamos sempre juntos. Por vezes a vida dá algumas voltas e o tempo parece sempre ser pouco, mas...como a sensação de presença é permanente, o tempo é relativo, porque a sensação que tenho é que estás sempre junto a mim.